Arapoti – Na manhã desta terça-feira (29), motoristas e operadores de máquinas da Prefeitura de Arapoti deram início à greve anunciada no início da semana. A mobilização ocorreu em frente ao prédio da Prefeitura, com faixas e cartazes que expressam a principal reivindicação da categoria: um reajuste de 18% no salário base, atualmente fixado em R$ 2.184,00.
Nossa reportagem esteve acompanhando o início do movimento, que transcorre de forma pacífica, mas com forte apelo por valorização profissional. Os servidores fizeram questão de destacar que horas extras não são salário e que o pedido é para um aumento no salário base, que, segundo os grevistas, é inferior ao praticado em diversos municípios vizinhos. Eles alegam ainda que o custo de vida em Arapoti é superior ao de muitos desses municípios, o que agrava a situação.
Além do reajuste, os servidores também pedem a criação de uma sala de apoio, onde possam descansar ou aguardar as ordens de serviço em melhores condições. Segundo relatos dos grevistas, muitos profissionais precisam cumprir jornadas longas e exaustivas para complementar um salário que consideram indigno frente às responsabilidades da função.
O movimento propõe uma paralisação por 15 dias, podendo ser suspensa caso um acordo seja firmado com o Executivo Municipal.
Conforme publicado nesta segunda-feira, 28, o prefeito Irani Barros divulgou uma nota oficial reconhecendo o direito à manifestação, mas alertando para os impactos da greve nos serviços essenciais, como o transporte escolar e atendimentos na área da saúde. A administração afirma que mantém canais abertos ao diálogo e que medidas estão sendo tomadas para reduzir os transtornos à população.