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Gaeco cumpre mandados em Arapoti e Jaguariaíva em operação contra policiais rodoviários estaduais

Foto: Divulgção/MPPR

O Grupo de Atuação Especial de Combate ao Crime Organizado (Gaeco), do Ministério Público do Paraná, cumpriu mandados de busca e apreensão nesta terça-feira (7) em Arapoti e Jaguariaíva, durante o avanço das investigações sobre possíveis crimes cometidos por policiais rodoviários estaduais. As ações fazem parte da Operação Via Pix, conduzida pelo Núcleo de Ponta Grossa do Gaeco, com apoio da Corregedoria da Polícia Militar.

Além de Arapoti e Jaguariaíva, os mandados também foram cumpridos em Ponta Grossa, Castro, Piraí do Sul, Telêmaco Borba, Wenceslau Braz e Siqueira Campos. No total, foram 19 mandados de busca e apreensão em residências e postos policiais, além do afastamento de sete policiais rodoviários de suas funções operacionais e o bloqueio de contas bancárias.

As investigações tiveram início em março deste ano, após denúncias encaminhadas ao Ministério Público pelo 4º Comando Regional da Polícia Militar, com sede em Ponta Grossa. Motoristas profissionais relataram estar sendo extorquidos por policiais rodoviários na região de Piraí do Sul. As apurações revelaram uma estrutura de corrupção e lavagem de dinheiro envolvendo agentes da corporação, empresas e civis.

De acordo com o Ministério Público, durante as fiscalizações nas rodovias estaduais, os investigados exigiam vantagens indevidas de motoristas sob diversos pretextos, liberando os veículos somente após o pagamento — feito em dinheiro ou por transferência via PIX para contas de “laranjas”.
Somente entre dezembro de 2024 e agosto de 2025, foram identificadas transferências ilegais que somam cerca de R$ 140 mil.

O Gaeco informou ainda que quase uma centena de motoristas já foi identificada como vítima das extorsões, e parte deles prestou depoimento. Os policiais investigados permanecerão afastados enquanto as apurações prosseguem.

A operação “Via Pix” é paralela à segunda fase da Operação Rota 466, deflagrada pelo Núcleo de Guarapuava do Gaeco, que apura crimes semelhantes em outros municípios do Estado.

Com informações do MPPR

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